domingo, 18 de abril de 2010

Trabalhando sobre o MEIO AMBIENTE

Procura-se


Procura-se algum lugar no planeta
Onde a vida seja sempre uma festa
Onde o homem não mate
Nem bicho nem homem
E deixe em paz
As árvores na floresta
Procura-se algum lugar no planeta
Onde a vida seja sempre uma dança
E mesmo as pessoas mais graves
Tenham no rosto um olhar de criança.

Menino que mora num planeta
Azul feito a cauda de um cometa
Quer se corresponder com alguém
De outra galáxia.
Neste planeta onde o menino mora
As coisas não vão tão bem assim:
O azul está ficando desbotado
E os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
Que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
Alguém de outra galáxia para trocarem selos, figurinhas
E esperanças.

Habitante de outra galáxia
Aceita corresponder-se com o menino
Do planeta azul.
O mundo deste habitante é todo
Feito de vento e cheira a jasmim.
Não há fome nem há guerra,
E nas tardes perfumadas
As pessoas passeiam de mãos dadas
E costumam rir à toa.
Nesta galáxia ninguém faz a morte,
Ela acontece naturalmente,
Como o sono depois da festa.
Os habitantes não mentem
E por isso seus olhos
Brilham como riachos.
Os habitantes da outra galáxia
Aceita trocar selos e figurinhas
E pede ao menino
Que encha os bolsos de esperanças,
E não só os bolsos, mas também as mãos
E os cabelos, a voz, o coração,
Que a doença do planeta azul
Ainda tem solução.

Sacolinha de Plástico

Estava guardada em uma caixa fechada num depósito de um supermercado. Vivia espremida dentro daquela caixa escura, sem ver a luz do sol.
Um dia escutei um barulho forte na caixa se abrindo e ao mesmo tempo fui apanhada pela gerente, juntamente com outras dezenas de sacolinhas.
Passamos por um lugar muito iluminado, cheio de prateleiras bem divididas com várias espécies de mercadorias. Havia um grande movimento de pessoas dentro da loja.
Fomos colocadas num balcão ao lado do rapaz que trabalhava como caixa. Ali, era maior o movimento de pessoas e mercadorias que saíam. Só ficava observando o que seria feito de nós.
Para minha surpresa, fui apanhada por um garoto de mais ou menos dez anos de idade. Ele me abriu de um modo brusco e colocou um par de patins dentro de mim.
Fui jogada no fundo do porta-malas de um Fiat, juntamente com outras sacolas cheias de latarias e pacotes de macarrão, feijão e até detergentes. Como fiquei por baixo de tudo senti-me novamente espremida por outras sacolinhas cheias.
Ouvi o barulho das portas fechando-se, o motor sendo ligado e senti o movimento do carro, que durou uns vinte minutos.
Ao chegar em frente a um prédio, o porta-malas foi aberto e os volumes iam sendo tirados.
O garoto, sem dó, me palpou e me puxou com muita força.
Subiu as escadas correndo, entrou dentro de casa, chegou até seu quarto, retirou de mim o par de patins, me embolou e jogou-me num canto, onde tinha tênis, um skate e várias revistas em quadrinhos. Depois ele calçou o par de patins e saiu patinando e desceu as escadas do prédio.
Fiquei ali até o dia seguinte, quando o Juraci me pegou, me encheu de lixo e colocou-me em frente ao prédio. Fiquei ali ao Sol, dentro de uma armação de ferro, grande; depois me pegaram e jogaram-me num caminhão com abertura na traseira. Logo fui prensada por vários outros sacos de todos os tipos, tamanhos e cores.
Hoje estou jogada num lugar horrível, visitado por urubus e não sei por quanto tempo ficarei por aqui.


Declaração Universal dos “DIREITOS DA ÁGUA”

Art 1. A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade cada cidadão do plante é responsável aos olhos de todos.
Art 2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano.
Art 3. A água deve ser manipulada com racionalidade.
Art 4. O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água.
Art 5. A água não é somente uma herança de nossos predecessores; ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores.
Art 6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art 7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada.
Art 8. A utilização da água implica o respeito à lei.
Art 9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art 10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual na terra.

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